domingo, março 09, 2014

Psicodália de carnaval 2014: Parte II

Sábado, 01/03

Acordamos para um almoço tardio no restaurante que fica embaixo da pousada. Comida boa e barata. Depois de enchermos a pança, uma sesta para repor as energias para a noite que prometia. Enquanto nos arrumávamos para o segundo dia do festival, lembrávamos do dia anterior, dos shows e papos com amigos, além de curtir um pouco o presentão que o amigo Jorge Carvalho nos deu. Banho tomado, câmeras fotográficas na mão, cerveja comprada, etc., e rumamos de carro com o Maninho (que também esteve trabalhando com imprensa no evento), Jéssica e Luis para a fazenda. Chegamos já era final de tarde. Visitamos amigos nos seus acampamentos, curtimos um pouco da banda que tocava num dos acampamentos e continuamos nossa excursão, registrando, conversando, rindo, tudo entre um trago e outro. Recreação infantil e diversas oficinas somavam-se ao clima do festival. Outro aspecto bom do Psicodália é a bebida a preço acessível, como sempre foi. Comida legal também. Depois, a noite caia e com ela o público ia lotando a frente do Palco Psicodália, transbordando abaixo da gigantesca estrutura coberta.




                                  Galera mandando uma sonzeira num dos acampamentos...



 






















Gabriel Romano Gonzalez e Grupo – Palco Livre (Saloon), 18h aprox.

Em passagem pelo Saloon para um chopinho no início da noite, esse grupo acabou me chamando a atenção. Parei para ver/ouvir e foi então que percebi a presença do Wagner Lagemann no baixo. O cara volta e meia aparece por Xapecó para tocar com uma das bandas mais instigantes da cidade, a John Filme. Cheguei até a comentar algumas vezes com a Liza que, se a John Filme chegasse a tocar no festival, faria o público vibrar, com certeza, principalmente se fosse em modo ‘trio’. Mas enfim, essa banda mandou bem, com boas composições e musicalidade.


 





































Jarrah Thompson – Palco Psicodália, 21h aprox.

















Mais uma vez a banda australiana Jarrah Tompson fez uma bela apresentação. É a terceira vez que vemos a banda ao vivo, duas no Psicodália e outra no festival Rock’n’Roll Night, em Francisco Beltrão no Paraná no ano passado - veja em:


...e as três vezes foram muito boas. A banda tem pegada e uma qualidade sonora que dá vontade de ficar, nem que seja, só ouvindo. Destaco os rifes marcantes, a voz principal, a percussionista e, principalmente, o saxofonista espetacular e o baixista que é um monstro no palco: tocam demais! Não há como, em palavras, descrever os dois tocando, só vendo/ouvindo ao vivo mesmo. Em suma, um belo, musical e prazeroso show!



 

























































Cadillac Dinossauros - Palco Psicodália, 22h30min. aprox.

Não tenho exatas as vezes que vi a Cadillac tocar. Só posso dizer que a banda é muito boa. Todos tocam bem e tem uma boa pegada. Um tanto mais pesada do que já fora um dia, porém, mantendo, o que pro meu gosto, é o melhor da banda, seu swing, seu balanço. Já bastante conhecida do ‘público psicodálico’, mais uma vez, a Cadillac fez o serviço bem feito. Tocou, comunicou, encheu o palco de participações (literalmente!), e abasteceu de energia o público para o grande momento que viria a seguir...




















* No intervalo de um show e outro, um 'gaitista de boca', ou seja, um 'tocador de harmônica' também fez seu show, bem ao lado do palco principal, botando a galera pra dançar e sorrir, um momento inusitado que faz parte desse mundo, desse espírito que é o Psicodália...





Tom Zé - Palco Psicodália, meia-noite aprox.

Eis que, mais uma vez dentro da história do Psicodália, sobe ao palco o mestre Tom Zé, num show explosivo e rico em sonoridades, musicalidade, poética, literatura, crítica social, etc. Considero o Tom Zé, além de um grande artista da música brasileira, um poeta, contador de histórias, mestre nas linguagens e um grande filósofo, não ao modo europeu, mas brasileiro de ser, para além das autorizações acadêmicas. E tudo isso somou-se na versatilidade da sua apresentação. Acompanhado, impecavelmente de músicos de alto nível, Tom Zé comunicou, brincou, sorriu e fez cantar. Começou o show com sua versão do hino Mutante e futurista, composto por ele, Arnaldo Baptista e Rita Lee: ‘2001’ ou ‘Astronauta libertado’. Depois, cantou o disco mais recente, com rabo e tudo. Tom Zé, integrado ao espírito do Psicodália, mais uma vez fez ecoar e o povaréu (tantas mil pessoas) cantar e dançar, sem ser ideólogo, em que a música foi a grande integradora. É por isso que, mestre é mestre!





 








Geringonça – Palco Psicodália, 2h aprox.

Nunca tinha ouvido falar dessa banda. Mas ao subir ao palco, o que pude ver/ouvir, foi uma apresentação muito viva, cheia de nuances e muito comunicativa. Depois da ‘aula’ que foi o Tom Zé, a Geringonça fez jus ao momento e deixou seu recado. Figurinos engraçados, assim como parte da sua apresentação cheia de energia. Em alguns momentos, lembrei da banda chapecoense Repolho. Um show muito bem humorado e com vários ritmos. Não pude curtir até o final, pois a condição não permitiu, mas o tanto que pude curtir, achei bem bom.






















*
Noite terminando e a fome batendo. Rumamos até o restaurante para saciar a fome e descansar um pouco antes de voltar para a pousada, sempre batendo um bom papo com amigos/as. Depois, uma passada rápida pelo Saloon para a saideira. Por fim, acabamos em frente a uma Kombi psicodélica com 'jams' de músicos muito bons rolando. Ali ficamos mais algum tempo curtindo a vibe. Em breve estaríamos na pousada, felizes e descansando. O dia e a noite seguintes também prometiam...

... e por falar em psicodelia - rock na Kombi... 





























 









Continua...




Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns, mais uma vez. Gostei D-E-M-A-I-S !!!!