sexta-feira, julho 13, 2012

desConcertando o habitual...


Rock nosso de cada dia...



















Esse Tal De Roque Enrow!

“É um menino tão sabido Doutor!.. Ele quer modificar o mundo.. Esse tal de: Roque Enrow!.. Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow! Uma mosca, um mistério.. Uma moda que passou .. Ele! Quem é ele? Isso ninguém nunca falou!... Eu procuro estar por dentro Doutor! Dessa nova geração... Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow! Um planeta, um deserto.. Uma bomba que estourou.. Ele! Quem é ele? Isso ninguém nunca falou!.. Desconfio que não há mais cura prá esse tal de: Roque Enrow!...”

(Rita Lee – Tutti Frutti)

Começamos o ‘papo’ aqui com a questão levantada nesse trecho de música da banda Tutti Frutti, da ‘mutante’ Rita Lee, uma das roqueiras mais ouvida e respeitada do Brasil. A partir disso, uma problemática...


Rock & o problema do conceito:

A princípio como é comumente concebido, rock é um estilo musical. Alguns defendem a posição que o rock é um “estilo musical jovem”, nada mais que isso. Outros dizem que o rock é um “movimento musical” ou um “fenômeno artístico cultural” que comporta uma atitude, um comportamento com suas características próprias. Há também os que reduzem o rock a um descartável produto de consumo, a uma simples moda passageira. Para o historiador Paulo Chacon rock é um fenômeno complexo, polimorfo, que varia muito no tempo e espaço. Devido as divergências em torno deste conceito, percebemos que existem complicações em considerar a existência de uma única e linear visão sobre o rock.

Basicamente o rock é um termo derivado do rock and roll (como um resumo da palavra), possuindo conotações múltiplas: rocha, balanço, embalo, diversão, dança, sexo. Seu significado remete a algo “rígido, selvagem, radical, audacioso” (pelo menos é o que se percebe ao assistir alguns filmes norte americanos em que o termo aparece empregado como uma gíria). O rock’n’roll nasceu em meados dos anos 1950 nos Estados Unidos do casamento entre o rhythm & blues com o country & western, e foi datado a partir da “revolução sonora” desencadeada por artistas “músicos jovens” da época. Elvis Presley, Chuck Berry, Bill Haley e Little Richard figuram entre os principais artistas que iniciaram este “movimento musical”. Dum ponto de vista dialético podemos dizer que o rock’n’roll é “(...) uma vigorosa e expressiva síntese de música branca e música negra". (PEREIRA, 1988, p. 44).


Tendências e variações...

O rock desencadeou novas “tendências musicais” vindas de sua complexidade, ou seja, novos “estilos de rock” como o rock progressivo, o hard rock, o punk rock, o heavy metal, etc[1]. Essas “tendências do rock” por sua vez alimentaram outras possibilidades, inspirando novos estilos.
Do ponto de vista histórico e sócio-cultural, o rock  representou o fortalecimento de um ideário juvenil, com uma política de valores e intenções próprias, onde o jovem via em si mesmo, e através de seus ídolos, uma possibilidade real de ser agente de sua própria história.

A trajetória histórica do rock  inicia quando o negro escravo trazido da África passa a expressar suas dores, suas saudades de casa nas plantações de algodão da América do Norte através das canções-de-trabalho, passando depois aos cânticos religiosos - uma resistência à cultura hostil em que se encontrara. É daí que nasce o blues, um ritmo que se alterna entre o lamento negro de ser escravo dentro de uma cultura estranha, às confraternizações festivas de influência branca.


Rock, um Grito!














Segundo o pesquisador Roberto Muggiati: “(...) o rock nasceu de um grito, o primeiro grito do escravo negro ao pisar em sua nova terra, a América. Esses berros de estranha entonação eram atividade expressiva comum entre os nativos da África Ocidental”.

Esse grito depois, passou a sair dos instrumentos musicais, em forma de nota musical. Certa distorção, certo ‘peso’ e/ou estridência, caracterizam esse grito, essa nota musical. O rock não é ‘limpo’, no sentido de ser algo que busque uma ‘pureza’ sonora. Nenhum rock vem só. Ele sempre está acompanhado de certa postura, certa atitude. Ao vermos o filme ‘A escola de rock’, percebemos esse grito, essa forma de expressar, sentir, fazer e estar no mundo. O rock também é uma linguagem, onde o grito de cada um ecoa e se mistura a outros que vão dar num grito maior e em conjunto, como numa banda de rock quando sobe ao palco. As individualidades são respeitadas, pois cada um sente diferente e tem algo a dizer através da sua música, do seu som, do seu grito. E a soma desses elementos se faz em um grito só. Nisso, o rock (e não o grito), nasceu plugado, eletrificado. E essa eletricidade carrega nos seus fios condutores o grito do qual tratamos aqui: “A música rock é como se fosse uma corrente elétrica que percorre o espaço e contata indivíduos. Depois disso, eles não são mais os mesmos. Porta de acesso ao estilo e daí ao movimento, à tribo, aos ícones, ao modo de vida”. (DRUMMOND, 1998, p.104).

Alguns reducionistas e/ou deterministas, fazem questão de fugir das problematizações, ou por não darem importância pra isso, ou por estarem na carência de leitura, análises, compreensões e/ou conhecimentos sobre o tema. Muitas vezes fazem do rock um lugar comum, um simples motivo para alimentar seus egos e despejar suas frustrações, além de se imporem. O rock, muitas vezes também é tido como uma espécie de religião pelos mais sectários que não abrem mão de crer numa possível hierarquia musical, dado aos seus sentimentos de intolerância. Mas ao contrário do que alguns pensam, é uma minoria em seu gueto que age e pensa assim.

Devido aos poucos debatedores ‘sérios’ do assunto, e ao pouco caso que alguns ditos ‘roqueiros’ fazem desse ‘fenômeno’ sócio-cultural, o rock, muitas vezes é vítima de um simplismo medíocre e absoluto. As afirmações ‘bambas’ em torno no termo acabam reproduzindo pré-conceitos ignóbeis, vigentes na ordem social. Mas os que pensam o rock, discutem, problematizam, tocam com sinceridade, produzem, compõem com certa autenticidade, fazem a diferença e mantém o rock vivo nas suas complexidades.

Nisso, estamos com o conceito do historiador Paulo Chacon: “O rock é muito mais do que um tipo de música: ele se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento”.


·         Trechos e citações da pesquisa em História de Herman G. Silvani sobre o rock e os aspectos em torno dele, com ênfase ao rock chapecoense.



Mas me diga... E a situação do rock xapecoense, como está mesmo?

Novamente, reitero o que já disse o ano passado nesta mesma data se não me engano. O rock xapecoense vai muito bem, obrigado! Bandas brotando dos ‘4 cantos’ da cidade. Melhor de tudo, compondo. Outras, já mais, digamos, ‘adiantadas’ no ‘processo’, devido ao tempo de existência e ao empenho e certo ‘polimento’ artístico-musical, apresentando-se de forma muito ‘profissional’, algumas com certa ‘voz’, ‘personalidade’, linguagem. Eventos e espaços destinados ao rock e suas variantes se conquistam, abrem e se constroem de tempo em tempo. Na real, quem é mais velho na coisa sabe que sempre foi assim, desde que os ‘pioneiros’ Tyto Livi e Grupo Nozes, ousaram em gravar seus discos, ainda na década de 1970 em Xapecó, bandas e espaços de rock na cidade surgiram e desapareceram. Vieram outras e outras mais, e hoje estamos aí, com diversidade e bandas muito boas com um material consistente para apresentar. Enfim... o rock está vivo e respira novamente sem aparelhos... Agora vamos aproveitar, encerrando por aqui e cair no rock. Hoje é comemorado o ‘Dia Mundial do Rock’, e o aniversário de 11 anos da Epopeia. Os eventos estão acontecendo e amanhã somos nós. Vamos nessa!


·         Agradecemos a todas as bandas da cidade e região que insistem nas suas produções, aos amigos-companheiros Fernando Sbeghen (Maninho – nosso batera) e Zé Boita do Estúdio A (UnoWebTV), ao amigo Gnomo da rádio web Alternativo Rock, as casas de shows, que dá sua forma, caminham junto ao rock xapecoense: ACM Rider, The Wall Rock Bar, Dalla Microcervejaria, Premier Bier, Bar do Manga, e outros espaços do rock por aqui...

Let’s Rock!






















 
El rock de los adioses 

Con las guitarras de Wichi Nogueras
y Ramón Fernández Larrea

Y todos estos hombres que bailan
¿Van a morir? ¡Yeah!
Y los bárbaros que no llegan
Al poema del griego, ¿van a morir? ¡Oh, yeah!
Y el pájaro azul que me despierta
De la horrible pesadilla
En la que chapaleo ¿recubierto de lodo? ¡Yeah, yeah!
¿Y los niños, por Dios,
Los niños que vuelcan el cesto de sus voces
En medio de nuestra estúpida historia?
¡Sí, nena!
Y la luna rasurada y palmoteada con lavanda
Y la muchacha loca como los pájaros
Y los ríos donde la muerte se baña una y tres veces
Y las idiotas mañanitas de Dios
Y todos los poetas los engolados los puros
Los amorosos los solemnes y los piojosos
Todos los arrogantes y soberbios poetas
¿Van a morir? ¡Yeah! ¡Tres veces yeah!

Juan Manuel Roca
(poeta Colombiano)


·         Em memória de Fabrício Tubin (o grande Tuba!)


13/07/2012



quarta-feira, julho 04, 2012

Rock for Friends com Epopeia & ST JOker!

http://www.facebook.com/events/430927240281097/



Ingressos antecipados a R$10,00 com os integrantes das duas

bandas e no Bar da DULCE!

Obs.: não deixe para última hora, os ingressos são limitados...

Quer reservar seu ingresso ou comprar? Levamos até você:

• Epopeia: 9975.0881(Niko & Liza) – 9929.1133 (Fernando) – 9977.4014 (Eliz)

• St. Joker: 9911.0497 (Marko) - 8802.1180 (Bruno) - 9918.2832 (Cassiano) - 8805.2985 - Fabio 8805.2985


Conheça as bandas:


St. Jokerhttp://www.purevolume.com/stjoker

&

Epopeiahttp://bandaepopeia.tnb.art.br/