PARTE I
Um resumo do que foi esse ‘Espetáculo’, essa ‘Celebração’!
Acompanhamos o festival Psicodália a pelo menos 7 edições, duas
delas, especiais de Ano Novo- como esta
mais recente. As demais foram no período de carnaval. O Psicodália hoje é o
maior festival de rock autoral/independente, multicultural e multilinguagens
(no sentido artístico), do Sul, e um dos maiores do Brasil (há quem diga que já
é o maior). Cresceu tanto que, desde que começamos a participar dele, até hoje,
no mínimo quadriplicou o número de público. Esta edição foi a mais especial
para nós, pelo motivo de termos sido convidados (selecionados/escolhidos) a
participar dele, só que desta vez, nossa atividade foi além do registro
fotográfico e dos textos publicados a respeito. A Epopeia tocou no Psicodália
2013, Edição Especial de Ano Novo, o maior da sua história até hoje,
certamente. E isso é um orgulho pra nós, sendo a 2ª banda do Velho Oeste (e de
Xapecó) a pisar num daqueles palcos e integrar esse movimento sonoro,
sociocultual e artístico. Os Variantes tocaram, se não me engano, em 3 edições
do evento, fazendo belas e inspiradoras apresentações (falo isso pois vi as três).
E agora foi a nossa vez.
·
29/12/2012 – segundo dia...
Saímos de Xapecó na manhã (por volta das 6h30min.) do dia 29,
sábado, portanto, não pegamos o primeiro dia de festival, perdemos, entre
outros, os shows da banda Vlad V,
Rinoceronte, Blues Etílicos e
Skrotes (os quais queríamos muito ver, mas...). Aproximadamente 7 horas de
estrada e fomos direto para a pousada Rio Negrinho, onde deixamos as malas e
instrumentos. Depois, rumamos para a Fazenda Evaristo, local onde a 3 edições,
acontece o festival. Logo na chegada, muitos carros, vãs e ônibus estacionados.
A entrada foi tranquila e rápida. Já de cara, a proporção de veículos
estacionados pelo lado de dentro dos portões já dava uma dimensão do que seria
o evento. Putz, quanta gente! Foi minha primeira impressão ao ver aquilo. Melhor
de tudo, e nós já sabíamos, a grande maioria, estava para curtir, realmente, as
atrações, o ambiente, o clima que o Psicodália proporciona. É como entrar em
outro mundo, um mundo paralelo dentro deste, onde a arte e certa ‘liberdade’
acontecem mais espontaneamente e sem aquela cobrança social/moral que acontece ‘aqui
fora’. Já na entrada do festival, a placa anunciando as boas vindas de uma
maneira muito aconchegante.
*
Já dentro do Psicodália fomos direto a rádio Kombi levar um CDzinho
novo para que tocassem, e depois ao bazar, expor CD’s e as camisetas da banda. Nisso,
conseguimos certa divulgação. Vendemos algum material, distribuímos e sorteamos
outros no show. O Psicodália, além de tudo, é um ‘movimento’, um espaço que
impulsiona a produção autoral/independente, o grande mérito, além da interação humana
entre quem produz, toca e curte esse tipo de vida, tendo a música e a arte como
as principais linguagens e motivos.
Material da Epopeia no Bazar:
*
Em seguida, nos dirigimos ao Palco do Sol (‘da Chuva’ no caso – risos...), o qual iríamos tocar (e tocamos) na última noite do evento. Epopeia
segundo a programação, ‘fecharia’ os palcos externos do Psicodália. No segundo
dia apenas, o público enchia a frente do palco. Tantas mil pessoas curtindo as
bandas. Foi um Psicodália molhado, e como! Mas com muita vibração e presença do público.
Público no Palco do Sol pela tarde...
*
Desta vez, pouco fotografamos as bandas, pelo motivo de não
estarmos direto na fazenda. A pousada ficava um pouco longe e já que íamos
dormir nela pela manhã, chegávamos a fazenda todo dia depois das 15h., além da
chuva que não dava tréguas. Apesar disso, deu pra curtir bem o evento e muitas
bandas. Vou começar por destacar a primeira banda da qual deu para curtir um
pouco, só que no momento estava sem a câmera e acabei não registrando. Mas posso
dizer que foi um show ducaralho! Me refiro ao Klaus Eira e banda. Klaus é um dos organizadores do Psicodália. Acompanhamos
seu trabalho desde a primeira edição a que participamos, anos atrás, e posso
dizer, foi o melhor show dele e sua banda que vi/ouvi (e que banda, diga-se de
passagem! – trata-se da banda Cadillac Dinossauros). Minutos depois, a frente e
os lados do palco tomados (quanta gente diocramento! – diria minha avó), sobe
ao palco o mestre Alceu Valença e
seu espetacular show “Vivo” (disco dos anos 70). Muito baião psicodélico e o
povo cantando e dançando – e que banda acompanha o mestre, putz! Foi incrível. Parecia
que o céu vinha abaixo, algo como um tornado, um furação, passando pelo
Psicodália. Certo momento, Alceu se emocionou e travou sua voz, sua fala, de
tanto que o público vibrava e cantava junto. No bis, Valença tocou duas ‘clássicas’ para encerrar: “Tu vens” e “Morena
Tropicana”, num coro ensurdecedor do Psicodália inteiro. Coisa linda de se
ver/ouvir! A voz do Nordeste ecoou e encheu nossa alma de música.
Com vocês: Alceu Valença!
& o público...
*
Na sequência, encerrando a noite nos palcos externos, um dos shows
mais estrondosos do Palco Psicodália. A banda Terra Celta com seu som dançante, divertido e cheio de energia fez
o público dançar, correr, pular, gritar e vibrar com seu som. Puta show! Mais uma
vez! Versatilidade, dinamismo, musicalidade do grupo. Canções inteligentes,
sonoridades variadas. Um espetáculo! O ‘japonês’ multi-instrumentista do grupo
e seus ‘brinquedinhos’ exóticos, proporcionaram uma viagem sonora e musical
magnífica. Quem viu pode sentir e confirmar meu aparente exagero. Um show rico
em musicalidade.
Terra Celta
*
Fechado o Palco Psicodália, nos dirigimos ao Saloon, onde a manhã
se inicia. E lá tocava a banda Goya no chamado Palco dos Guerreiros, onde os 'sobreviventes' se reuniam para conspirar - o 'inferninho' da garantida diversão dionisíaca no Psicodália.
Goya é uma banda já ‘tradicional’ no evento. Acho que todas as edições do
Psicodália que estivemos ela tocou, e eu vi todas essas apresentações. Curto
muito a banda. Baita som. Um fusion entre rock-jazz-funk
experimental/instrumental para dançar e curtir. Músicos muito bons e de certo
modo, espontâneos. Encerrando a noite musical com maestria. O Giva, grande
amigo e baterista aqui de Xapecó, fazia parte da X-Meleka e depois da Tribo
Audaz, comigo e com a Liza, (hoje Ruído/mm e Red Tomatoes – Curitiba), já tocou
no Goya em edições passadas do Psico (só para constar). Depois de toda essa ‘absorção
sociocultural’, de muita diversão e água (chuva), acabamos a noite (ou
começamos o dia), compartilhando diálogos, piadas, risos, tragos e estragos com
velhos e novos amigos na frente do Saloon.
Goya
Saloon parte interna...
bar do Saloon e o 'estoque'...
Guto, Liza, yo, Julia, Marciano (roud), Jordana e Fabiano (povo de Xanxerê, Guarapuava/Laranjeiras)...
Marciano (roud) & Fernando Sbeghen, o Maninho (baterista) - pra encerrar a Parte I...
Continua...
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