domingo, janeiro 06, 2013

PSICODÁLIA 2013: edição especial de Ano Novo



PARTE I




Um resumo do que foi esse ‘Espetáculo’, essa ‘Celebração’!

Acompanhamos o festival Psicodália a pelo menos 7 edições, duas delas, especiais de Ano Novo-  como esta mais recente. As demais foram no período de carnaval. O Psicodália hoje é o maior festival de rock autoral/independente, multicultural e multilinguagens (no sentido artístico), do Sul, e um dos maiores do Brasil (há quem diga que já é o maior). Cresceu tanto que, desde que começamos a participar dele, até hoje, no mínimo quadriplicou o número de público. Esta edição foi a mais especial para nós, pelo motivo de termos sido convidados (selecionados/escolhidos) a participar dele, só que desta vez, nossa atividade foi além do registro fotográfico e dos textos publicados a respeito. A Epopeia tocou no Psicodália 2013, Edição Especial de Ano Novo, o maior da sua história até hoje, certamente. E isso é um orgulho pra nós, sendo a 2ª banda do Velho Oeste (e de Xapecó) a pisar num daqueles palcos e integrar esse movimento sonoro, sociocultual e artístico. Os Variantes tocaram, se não me engano, em 3 edições do evento, fazendo belas e inspiradoras apresentações (falo isso pois vi as três). E agora foi a nossa vez.


·         29/12/2012 – segundo dia...

Saímos de Xapecó na manhã (por volta das 6h30min.) do dia 29, sábado, portanto, não pegamos o primeiro dia de festival, perdemos, entre outros, os shows da banda Vlad V, Rinoceronte, Blues Etílicos e Skrotes (os quais queríamos muito ver, mas...). Aproximadamente 7 horas de estrada e fomos direto para a pousada Rio Negrinho, onde deixamos as malas e instrumentos. Depois, rumamos para a Fazenda Evaristo, local onde a 3 edições, acontece o festival. Logo na chegada, muitos carros, vãs e ônibus estacionados. A entrada foi tranquila e rápida. Já de cara, a proporção de veículos estacionados pelo lado de dentro dos portões já dava uma dimensão do que seria o evento. Putz, quanta gente! Foi minha primeira impressão ao ver aquilo. Melhor de tudo, e nós já sabíamos, a grande maioria, estava para curtir, realmente, as atrações, o ambiente, o clima que o Psicodália proporciona. É como entrar em outro mundo, um mundo paralelo dentro deste, onde a arte e certa ‘liberdade’ acontecem mais espontaneamente e sem aquela cobrança social/moral que acontece ‘aqui fora’. Já na entrada do festival, a placa anunciando as boas vindas de uma maneira muito aconchegante.




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Já dentro do Psicodália fomos direto a rádio Kombi levar um CDzinho novo para que tocassem, e depois ao bazar, expor CD’s e as camisetas da banda. Nisso, conseguimos certa divulgação. Vendemos algum material, distribuímos e sorteamos outros no show. O Psicodália, além de tudo, é um ‘movimento’, um espaço que impulsiona a produção autoral/independente, o grande mérito, além da interação humana entre quem produz, toca e curte esse tipo de vida, tendo a música e a arte como as principais linguagens e motivos.





































Material da Epopeia no Bazar:



















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Em seguida, nos dirigimos ao Palco do Sol (‘da Chuva’ no caso – risos...), o qual iríamos tocar (e tocamos) na última noite do evento. Epopeia segundo a programação, ‘fecharia’ os palcos externos do Psicodália. No segundo dia apenas, o público enchia a frente do palco. Tantas mil pessoas curtindo as bandas. Foi um Psicodália molhado, e como! Mas com muita vibração e presença do público.



Público no Palco do Sol pela tarde...


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Desta vez, pouco fotografamos as bandas, pelo motivo de não estarmos direto na fazenda. A pousada ficava um pouco longe e já que íamos dormir nela pela manhã, chegávamos a fazenda todo dia depois das 15h., além da chuva que não dava tréguas. Apesar disso, deu pra curtir bem o evento e muitas bandas. Vou começar por destacar a primeira banda da qual deu para curtir um pouco, só que no momento estava sem a câmera e acabei não registrando. Mas posso dizer que foi um show ducaralho! Me refiro ao Klaus Eira e banda. Klaus é um dos organizadores do Psicodália. Acompanhamos seu trabalho desde a primeira edição a que participamos, anos atrás, e posso dizer, foi o melhor show dele e sua banda que vi/ouvi (e que banda, diga-se de passagem! – trata-se da banda Cadillac Dinossauros). Minutos depois, a frente e os lados do palco tomados (quanta gente diocramento! – diria minha avó), sobe ao palco o mestre Alceu Valença e seu espetacular show “Vivo” (disco dos anos 70). Muito baião psicodélico e o povo cantando e dançando – e que banda acompanha o mestre, putz! Foi incrível. Parecia que o céu vinha abaixo, algo como um tornado, um furação, passando pelo Psicodália. Certo momento, Alceu se emocionou e travou sua voz, sua fala, de tanto que o público vibrava e cantava junto. No bis, Valença tocou duas ‘clássicas’ para encerrar: “Tu vens” e “Morena Tropicana”, num coro ensurdecedor do Psicodália inteiro. Coisa linda de se ver/ouvir! A voz do Nordeste ecoou e encheu nossa alma de música.



Com vocês: Alceu Valença!


















& o público...




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Na sequência, encerrando a noite nos palcos externos, um dos shows mais estrondosos do Palco Psicodália. A banda Terra Celta com seu som dançante, divertido e cheio de energia fez o público dançar, correr, pular, gritar e vibrar com seu som. Puta show! Mais uma vez! Versatilidade, dinamismo, musicalidade do grupo. Canções inteligentes, sonoridades variadas. Um espetáculo! O ‘japonês’ multi-instrumentista do grupo e seus ‘brinquedinhos’ exóticos, proporcionaram uma viagem sonora e musical magnífica. Quem viu pode sentir e confirmar meu aparente exagero. Um show rico em musicalidade.























Terra Celta

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Fechado o Palco Psicodália, nos dirigimos ao Saloon, onde a manhã se inicia. E lá tocava a banda Goya no chamado Palco dos Guerreiros, onde os 'sobreviventes' se reuniam para conspirar - o 'inferninho' da garantida diversão dionisíaca no Psicodália. Goya é uma banda já ‘tradicional’ no evento. Acho que todas as edições do Psicodália que estivemos ela tocou, e eu vi todas essas apresentações. Curto muito a banda. Baita som. Um fusion entre rock-jazz-funk experimental/instrumental para dançar e curtir. Músicos muito bons e de certo modo, espontâneos. Encerrando a noite musical com maestria. O Giva, grande amigo e baterista aqui de Xapecó, fazia parte da X-Meleka e depois da Tribo Audaz, comigo e com a Liza, (hoje Ruído/mm e Red Tomatoes – Curitiba), já tocou no Goya em edições passadas do Psico (só para constar). Depois de toda essa ‘absorção sociocultural’, de muita diversão e água (chuva), acabamos a noite (ou começamos o dia), compartilhando diálogos, piadas, risos, tragos e estragos com velhos e novos amigos na frente do Saloon.



Goya





















Saloon parte interna... 




bar do Saloon e o 'estoque'...



















Guto, Liza, yo, Julia, Marciano (roud), Jordana e Fabiano (povo de Xanxerê, Guarapuava/Laranjeiras)...



Marciano (roud) & Fernando Sbeghen, o Maninho (baterista) - pra encerrar a Parte I...


Continua...



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