quinta-feira, março 08, 2012

Parte IV: parte final...























Terça-feira, último dia do Psicodália. Acordamos para o banho, começar arrumar as coisas e já um pouco caídos sabendo que aqueles dias sonoros estavam chegando ao fim. A tarde, novamente fomos atrás da coletiva de imprensa. E desta vez deu certo. Depois do show teríamos uma coletiva com Sá e Guarabira. Antes da dupla se apresentar, João Lopes e banda fizeram seu show. Bela apresentação, com canções mais folk e regionalistas. Muito bom! Conhecia algumas músicas e pude conhecer mais do trabalho desse cara. O público cantou junto e curtiu o show. O espírito já pronto para pegar a estrada e tudo mais tranquilo em clima de despedida.



















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Sá e Guarabira subiram ao palco sob aplausos saudosos de quase todos os acampados que ser reuniram debaixo da cobertura frente ao palco, dando mostras da sua importância para a música brasileira e respeito que esses músicos carregam consigo. Um belo show, onde o povo cantou junto - o ainda chamado por alguns ‘rock rural’ - da dupla, dançou e não arredou o pé da frente do palco. Antes do show, no acesso ao camarim, eis que encontramos uma figura inusitada e ímpar na história do rock brasileiro. Nada mais, nada menos do que Pedrão, baixista e voz de uma das bandas nacionais que mais gosto, a Som Nosso de Cada Dia. Pedrão tocou baixo com Sá e Guarabira. Como da outra vez que conversamos (na edição do Psico que o Som Nosso tocou – inclusive, um dos mais belos shows que já vi no festival), o cara foi muito simpático e carinhoso. A dupla Sá e Guarabira, por sua vez,  foi muito simpática e fez canções conhecidas do grande público (algumas nem tanto), e a tarde assim aconteceu, com boa música, mais uma vez. Terminado o show, nos dirigimos para o camarim para a coletiva de imprensa. Poucos jornalistas estiveram presentes, e nós lá, mesmo não sendo ‘oficialmente’ jornalistas portadores de diploma, sendo, ou pelo menos tentando ser, coerentes com nosso propósito e trabalho no evento. E cá estão agora, nestas linhas mal riscadas, os frutos dessa ‘aventura’ psicodélica. Sá e Guarabira nos falaram do uso dos novos meios para se produzir e propagar a produção artística e musical, ou seja, a internet e seus caminhos. Se de um lado criticaram a pirataria por se apropriar da arte produzida pelo artista, de outro, relativizaram isso, dizendo que, hoje, graças a isso, o alcance de bandas independentes e artistas que não compõe o ‘jogo arbitrário’ da grande mídia, é maior. Falaram um pouco das suas carreiras e das mudanças através dos anos. Muito simpáticos se mostraram conhecedores das suas constatações. Sá, em tom de humor, percebendo a imagem do Bukowski na minha camiseta, lançou: ‘só falta agora, alguém com a camiseta do John Fante pra completar!’. Depois da entrevista a tietagem e a despedida. Uma chuva começava a cair. O povo a se despedir. Alguns ainda permaneceram no local para alguma apresentação que viria. De nossa parte, o trecho era longo e a chuva vinha que vinha. Tudo pronto e pé na estrada.


















Guarabira
























Pedrão (SNCD)























Sá, Herman & Guarabira

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Cenas Psicodélicas do PSICODÁLIA:
















Alegria, alegria.. dançando no show de Sá & Guarabira...



Restaurante com comida boa e barata.. o Prato Feliz, deixa mesmo o corpo feliz.. assim como o simpático e humano atendimento de quem trabalhou neste espaço tão importante..























Blues rolando na tardinha com Davi Henn..


 Singela homenagem..





















Tirolesa.. voar, voar..


Oficina de percussão


Acampamento de seres-amigos xapecoenses (como nós)...


e por falar em Xapecó.. não poderia faltar..



e a galera se reune pra fazer um som (e que som!) no meio dos acampamentos.. respira-se música..


Guto, Negão, eu e Júlio.. personagens de uma história real, mas não menos literária..






















o 'bufão bêbado'.. arte.. intervenção teatral.. terrorismo poético.. ato anárquico.. tudo isso ou nada disso.. diversão com conteúdo..



e a galera cai na dança.. em destaque 'Plá'..

























Pavão misterioso.. pássaro formoso.. (belo morador da Fazenda Evaristo)




















Bandeira Pirata da Confraria da Costa na entrada dos camarins.. também levantada durante o show..



Imagem noturna, pessoas que se conhece & fantasmagoria (ao fundo)..



Desenho de luz.. arte na madrugada..


Proibido proibir!







Posando coletivamente para fotos..




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Em algumas horas estávamos em casa, são e salvos. Agora é voltar para certa rotina, mas não completamente. Quem sempre está ligado nas artes, na música, na literatura, etc., nunca se submete totalmente a mecanização do cotidiano. Outros festivais virão, e quem sabe, no Psicodália do próximo ano, além deste ‘trabalho’, a Epopeia esteja pisando naquele espaço para uma apresentação. Enfim... Adiante!

 

...a Epopeia continua!

 

foto Paulo H. Cruz

 

Textos (não corrigidos ou revisados): Herman G. Silvani, ou Niko.

Registros fotográficos: Liza A. Bueno e Niko 

 

Um comentário:

Elton disse...

Bela cobertura pessoal!! Parabéns!