O que é o Grito Rock?
O Grito Rock é um festival, que apesar de trazer ‘rock’ no título, é multicultural, multilinguagens, pois além da música (e não só rock), traz atrações variadas, como teatro, cinema, fotografia, exposições, oficinas, etc. Realizado em rede, é o maior festival integrado da América Latina e já se estende pelo mundo. Já são 15 países, incluindo o continente europeu e o México. Executado de 17 de fevereiro à 17 de março, período de festas relacionadas ao carnaval brasileiro e se apresenta como uma opção complementar aos tradicionais festejos. Neste ano, produtores de 200 cidades e 15 países se inscreveram para o Grito Rock. O festival chega a sua décima edição, alcança a Europa e propõe alternativas colaborativas e sustentáveis de produção e circulação de artistas, agentes e tecnologias. Idealizado em 2002, em Cuiabá (MT), pelo Espaço Cubo - um dos coletivos que deu origem ao Fora do Eixo, o Festival Grito Rock é uma alternativa, uma resistência, um ato, um espaço de propagação cultural, que vai além da massificação cultural promovida pela grande mídia e seus produtos. Uma plataforma independente de circulação. Este ano, o projeto representa um aumento de 55% em relação a 2011, quando 130 cidades e 10 países sediaram o festival.
As edições de cada cidade são produzidas de forma interdependente, e tudo, principalmente a logística entre elas, é construído colaborativamente, com o propósito de tornar sustentável a circulação de artistas, agentes, produtores, produtos e tecnologias.
Reflexo da conexão com diversos países latinos, este ano o Grito Rock se soma a 15 países e se estabelece em 14 cidades estrangeiras. Vários representantes da América do Sul e Central participam da décima edição: Honduras, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, e Nicarágua. O Festival ocorre também na Cidade do México, Los Angeles e em Braga (Portugal), realizado por brasileiros em parceria com agentes locais.
Como surgiu a ideia de trazer o festival para Chapecó?
Reflexo da conexão com diversos países latinos, este ano o Grito Rock se soma a 15 países e se estabelece em 14 cidades estrangeiras. Vários representantes da América do Sul e Central participam da décima edição: Honduras, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, e Nicarágua. O Festival ocorre também na Cidade do México, Los Angeles e em Braga (Portugal), realizado por brasileiros em parceria com agentes locais.
Como surgiu a ideia de trazer o festival para Chapecó?
A idéia de sediar o Grito Rock edição Chapecó, veio de um convite, de uma amizade e contato antigo que temos com o Xuxu, guitarrista da Cassin & Barbária, que veio para Chapecó para uma audição, junto ao Rafael Vilela, um dos produtores do Grito pelo Brasil, com seu coletivo Cardume, que fez a curadoria do palco Pretinho Básico para o Planeta Atlântida. O Xuxú nos comunicou por email que estaria vindo para Chapecó com o Rafael e o Marcos Espíndola do Contra-capa do DC, e que queria falar conosco. Então marcamos uma cervejinha na noite anterior da audição e o Rafael nos fez a proposta/convite para sediar o Grito aqui também, sabendo do potencial e da História que o rock autoral tem por aqui. Nisso, nosso projeto, o coletivo Entrevero de Rock, assumiu o evento, e em pouco tempo, conseguimos juntar forças e mobilizar um grupo para trabalhar e construir a idéia. E aí está, teremos o nosso próprio Grito aqui no ‘Velho Oeste’. Lembrando que todos trabalharão voluntariamente, colaborativamente, inclusive os artistas e bandas que irão se apresentar. Isso representa um avanço no relacionamento desse meio aqui em Chapecó. A partir disso, pretendemos criar mais espaços e formas de apresentações e expressões culturais e artísticas na região. E o Grito é isso, uma forma de criar, expressar, fomentar, resistir. Conseguimos alguns apoios, mas a maioria das coisas será feito sem verba, na cara e na coragem. De nada adianta ficar reclamando do mundo, das coisas, lamuriando pelos cantos, e não criar nada. A crítica pela crítica só reforça o esquema, e nós estamos aqui para construir espaços e ‘gritar’. Então vamos ao Grito, pois como diria Raul Seixas, afinal, ‘quem cala consente’.
Como funciona o processo para levar o festival para as cidades?
É muito simples. É só querer, se comunicar, unir esforços. Se existir um coletivo, onde pessoas se envolvam com a ‘causa’, a coisa acontece mais fácil, já que a idéia é justamente a ‘soma’. São feitos os contatos, o pessoal mais experiente dos coletivos espalhados Brasil afora dá o suporte para que os novos possam se integrar nas ações e conceito do festival. Assim a coisa cria corpo e acontece, de uma forma ou de outra, com ou sem verbas. Para a primeira edição, os investimentos são mínimos (no nosso caso), mas a vontade é muita e as pessoas envolvidas são batalhadoras. Então o negócio acontece, com certa independência das condições. Tivemos pouco tempo de organizar e propagar a idéia, coletar recursos e investimentos, mas, mesmo assim, em decisão coletiva, o grupo resolveu encarar os riscos para dar o seu Grito.
Além das bandas, quais outras atrações estão sendo pensadas?
Além da música, do rock, convidamos um povo do teatro para performances e/ou intervenções, o povo da capoeira e da percussão para suas manifestações, um povo para a arte fotográfica e registrar lances do evento, povo do cinema independente para uma mostra, malabares, algumas oficinas que estão em negociações... Para a primeira edição, acho que é isso, já que tivemos pouco tempo para preparar o evento. Foi tudo decidido de última, pois não conseguimos apoios, principalmente financeiros relevantes. E os custos existem. Então decidimos assumir os riscos e peitar a parada.
Como foi o processo de escolha das bandas?
Na verdade, foi de última também. Nos reunimos em reunião do Entrevero, discutimos coisas e seguimos a ótica e proposta do Grito Rock, dentro de determinada coerência, ou seja, bandas que compõe suas próprias músicas, que produzem seu próprio trabalho e de forma independente. Cada banda deve se apresentar de forma a divulgar seu próprio trabalho. Festival é festival, é troca, é construção e amplitude, diferente dos ‘bailes de rock’ que acontecem em alguns bares onde se prioriza o cover de bandas já consagradas na grande mídia. Criamos alguns critérios e fizemos os convites. Algumas toparam, outras não. Digamos que conversamos com algumas das bandas mais significativas da cidade, que possuem um trabalho mais solidificado com certa proposta e criatividade, e algumas de fora que assumiram a empreitada. Não abrimos mão de certa ‘qualidade’ musical e/ou artística nesse sentido, cada qual dentro de seu estilo e proposta. Bandas que repercutem por si só, pela força de suas músicas e de seu trabalho. É claro que algumas boas bandas, neste sentido, ficaram de fora, mas... É por aí.
Nossa intenção enquanto coletivo de bandas e afins, é, a partir desse nosso primeiro Grito, estender o alcance desse tipo de manifestação aqui no ‘Velho Oeste’, ou seja, construir outros espaços, alternativas de manifestação, outros eventos, pensando nesses focos espalhados pelo mundo que funcionam em rede e por integração, levando a produção própria e independente adiante. A princípio, já pensamos em um festival ou outro evento desse nível no inverno. Enfim. A idéia foi lançada, o espaço construído, agora é fazer o nosso Grito ecoar.
*Entrevista feita por Suzane Gobbi (Sul Brasil).. por Herman G. Silvani (Niko).
foradoeixo.org.br/institucional
O Grito para além das quatro paredes
Pra variar um pouco, um que outro gato pingado, os medíocres da miserável filosofia do vazio, em seus mundinhos virtuais, movidos por alguma dor de cotovelo de característica ‘emo’, por alguma inveja ou frustração, se botam novamente a criticar futilmente aquilo que está acima das suas mínimas condições de pensamento e ação. Me refiro a uma crítica medíocre ao Grito Rock que li num desses blogs intelectualóides de quem se auto-proclama ‘filósofo’ e não possui nenhuma tese, nenhuma idéia ou pensamento relevante, para assim se auto considerar, a não ser a reprodução do que já está a muito estabelecido. Nem sabem o(s) tolo(s) que a frase utilizada em uma das divulgações desse nosso ‘ato’, o ‘quem cala consente’, vem de um dado contexto e foi tirada de uma canção do Raul Seixas. Agora, se esse(s) raivosos da miséria filosófica e da crítica vazia e vulgar acham que o ‘Raulzito’ foi um ‘burro’ ou qualquer outro animal quadrúpede, é porque, decerto, conhecem o raso da sua obra tão abrangente, sarcástica e diversificada, como grande parte de quem saturou suas canções de tanto repeti-las. O que dizer então do raso de seus conhecimentos históricos, já não bastasse os filosóficos? No nazismo, as pessoas que tinham certa voz eram policiadas em suas expressões, seus gritos. Eram caladas de formas muitas vezes veladas, como ainda acontece hoje. E isso também só foi possível pelo consentimento, pela aceitação, ou seja, pela falta de resistência, de comunicação entre os grupos, as pessoas, que se trancavam em suas 4 paredes a lamentar e tremer de medo devido ao mundo que acontecia lá fora. De certo modo, faltou coragem, faltou propósito e até inteligência. Mas, isso não foi regra geral. Tiveram aqueles que resistiram e fizeram seus gritos ecoar, e eses são ouvidos até hoje. De nada adianta estar submergido em fundamentos se eles não servirem pra nada. Como bem anotou Thoreau “A arte da vida, da vida de um poeta, é, diante do nada o que fazer, fazer algo”. É simples! Mais simples do que os pseudo-filósofos tentam dizer, esses burocratas que só andam pelas sombras por não terem luz suficiente em seus caminhos mentais. Já passou o tempo – e faz tempo – dessa ira contra tudo e todos, seu último respiro foram os modernos ‘emos’ que já estão em vias de extinção. Ao contrário do que um besta ou outro acredita, gritamos pela diversidade, pelo não consentimento dessa ordem social-cultural manipuladora e mantenedora de produtos iconizados, de ‘verdades’ inventadas e reproduzidas pela massa anestesiada que aceita tudo passivamente por temer o conflito. É mais fácil trancar-se em si mesmo e se auto convencer de que a sua razão é a mais polida, que a sua ‘verdade’ é a única. Nisso, ‘nosso Grito’ é um grito resistente, pela criação e por nossa coragem de emitir sons além do ritmo homogêneo que dá o tom dos passos que marcham para o condicionamento. Portanto, o ‘Grito’ não é só meu, não é só aquele eternizado nas canções do Raul, nem só aquele dos escravos nas plantações de algodão num norte de uma América que originou o Blues e depois criou o Rock, não é um grito individual de quem quer que seja, mas é um grito de todos aqueles que ainda ousam, que ainda tem algo para dizer e fazer além das 4 paredes de um mundo que já virou paródia nas linhas da pseudo-miserável-filosofia de algum frustrado por aí. Enfim...
Vamos ao Grito!
hgs.
4 comentários:
Grande iniciativa pessoal...estamos apoiando esse grande evento..e os outros mais que virão....é o Grito ecoando pelos ouvidos do mundo!
Muito show o evento! Público bacana, boas bandas, espaço lindo! E parabéns pela atuação da banda que, realmente deu um show! Iniciativas como esta é que fazem a diferença. E deixem os 'críticos' e ignorantes que resmunguem. Se realmente estivessem fazendo alguma diferença, estariam agindo também! Parabéns pessoal! Já esperamos pelo próximo.
essa temos que reproduzir: "(...)deixem os 'críticos' e ignorantes que resmunguem. Se realmente estivessem fazendo alguma diferença, estariam agindo também!" .. é preciso dizer mais? obrigado pelo apoio e participação! yá!
muito bom gente!
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