sábado, janeiro 16, 2016

Psicodália 2016, até daqui a pouco!

Faz 9 anos que eu e Liza vamos ao festival Psicodália. Dentro deste tempo, fazem umas 6 edições que trabalhamos na imprensa externa do evento, registrando em fotografia e escrevendo textos sobre o festival - além da pré-divulgação. De lá para cá o festival cresceu muito, mas em ‘essência’ mudou pouco (ainda bem!). Lembro-me da primeira vez que fomos quando ainda era em São Martinho, aqui mesmo em Santa Catarina, descendo a Serra do Rio do Rastro. Isso foi em 2007. O local era muito bonito, porém com pouca estrutura e sombra. Pra época estava bom, pois contava com um público de aproximadamente 2000 pessoas. Nos últimos anos, este público esteve em torno de 6000. Ou seja, um crescimento de aprox. 4000 pessoas num espaço de tempo de 6 anos. Isso demonstra o sucesso do evento, no sentido, inclusive, de proposta, pois o festival não teve que se render à ‘cultura midiática espetaculosa’ para que se tenha tornado bem sucedido. No caso, manteve sua proposta inicial, só que com melhorias na estrutura, aumento significativo das atrações e tudo mais. Nisso, penso que a mudança para a fazenda Evaristo em Rio Negrinho, tenha sido fundamental para esta ampliação do festival. Mais bandas, mais público, mais oficinas e possibilidades. Eis a riqueza sociocultural do Psicodália: a diversidade de pessoas e atividades socioculturais.


Como banda, tocamos na edição especial de ano novo, no dia 01 de janeiro de 2013, com muito orgulho e satisfação, na noite de fechamento daquele ano do festival. E hoje, alguns anos depois, novamente fomos convidados para tocar neste extraordinário espaço de arte e cultura. Antes mesmo de anunciarem oficialmente as primeiras atrações recebemos o convite para participar da edição 2016 do Psicodália de carnaval, alguns meses atrás (que ainda era o ano de 2015, no caso). E aí vamos nós, mais uma vez expressar aquilo que temos, sentimos e sabemos fazer no palco do Psicodália. Desta vez, serão duas as bandas da região, ‘representando’ o rock autoral e independente do Velho Oeste que tem uma belíssima e antiga história (diga-se de passagem). Epopeia e os amigos da Marujo Cogumelo da cidade vizinha de Xanxerê. Em edições passadas, ainda lá em São Martinho, outra banda oestina havia tocado no festival, trata-se dos Variantes, nossos conterrâneos. 


Nestes 9 anos de Psicodália podemos perceber, sentir, ver, fazer experiências humanas, musicais-sonoras, artísticas, socioculturais. Prestigiar entre tantas e boas atrações nacionais e internacionais, Os Mutantes, Ave Sangria, Tom Zé, Alceu Valença, Gong, Ian Anderson (tocando Jethro Tull), Som Nosso de Cada Dia, O Terço, Jards Macalé, Arnaldo Baptista, Paulinho boca de cantor e Moraes Moreira (cantando Novos Baianos e suas canções solo), Blindagem, Rolando Rock (tocando Patrulha do Espaço), Hermeto Pascoal, Almir Sater, Yamandu Costa, Di Melo, Júpiter Maça, Casa das Máquinas, Sá e Guarabyra, entre tantos outros nomes da nossa música e da música mundial. Este ano não será diferente. Entre outros, teremos o prazer de ver, ouvir, registrar e se for possível até conversar com Elza Soares (e seu magnífico novo trabalho intitulado: ‘A mulher do fim do mundo’), Cidadão Instigado (e seu também magnífico e recente trabalho: ‘Fortaleza’), Nação Zumbi, Naná Vasconcelos (um dos mestres da percussão mundial), Terreno Baldio, Bixo da Seda, Violeta de Outono e a atração internacional John Kay e Steppenwolf – além de tantas outras boas bandas e músicos que compõem este set de shows. Para nós, enquanto banda autoral e independente é uma responsabilidade e tanto, dividir o espaço com mestres da música e do rock como os citados acima, mas também, um imenso prazer e orgulho, poder fazer parte desta história que é escrita com muita dedicação, arte e diversidade.

Neste ano tocaremos com o ‘formato palco’ do nosso mais recente trabalho, o DVD/filme ‘A vida é agora!’, com um amigo/convidado especial no saxofone e flauta. Também teremos DVD’s e camisetas da banda para divulgação no evento.

Um dos fatores que mantém o artista e a arte independente vivos e ativos é poder fazer parte deste todo, representado também como eventos e/ou festivais como o Psicodália, hoje, o maior do sul e um dos maiores do país no sentido multicultural e multilinguagens.

Enfim. Boas idas e boas vindas a quem vem ou quem vai. Estaremos lá, como banda, artistas, fotógrafos, cronistas, público, gentes, pessoas, vidas...

Até daqui a pouco!




















Herman G. Silvani - & Epopeia.



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