Segundo dia. Acordamos um pouco cedo, lá pelas 9 da manhã. As 11 horas eu teria uma oficina-prática de Tai Chi Chuan para fazer. Mas acabei por só fotografá-la. A tarde faria. É... Faria! O dia passou, entre oficinas, diversão, registros fotográficos e muita cerveja. Fazia muito calor. Calor do sol - e humano. Não pude pegar a apresentação da primeira banda do segundo dia que seria (ou foi) as 17h. Acabei indo pro lado do Tai Chi e ele já havia começado, então adiei para o outro dia minha prática desta arte. Entre um registro fotográfico e outro, uma cerveja e outra, um papo e outro, um sorriso e outro, mais uma cerveja e outra, uma loucura e outra, outra cerveja e outra, o tempo passou. Como na edição anterior, fomos atrás da coletiva de imprensa com a ‘principal’ banda da noite, mas não deu. Alguns desencontros e informações desencontradas. No fim, nem sei se teve a tal coletiva. Então fomos esperar o início do rock no Palco Psicodália. Chegamos frente ao palco na espera de uma das bandas nacionais que mais gosto da atualidade, a nordestina Plástico Lunar. Começa o show, e a banda, com novo guitarrista (muito bom, por sinal) dá mostras que, mais uma vez, fez o dever de casa. Baita show! Sou fã desses caras. Plástico Lunar tocou músicas já conhecidas do público como ‘Formato Cereja’ e ‘Sua casa é o seu paletó’, ‘Gargantas do deserto’, entre outras. Esperava ouvir novas composições da banda, curioso, e ouvi. O que posso dizer? ‘Putaqueopariu!’, que músicas mais boas! A Plástico Lunar é mesmo talentosa! E as novas canções comprovam o que eu já sabia. Ficamos tão atentos e vidrados na apresentação da Plástico que acabamos quase não fotografando. Poucos clics e apenas um prestou. Culpa da música (e do trago). O Psicodália é um lugar que, até quem trabalha se diverte, e nós, só fazemos jus a isso.
Plástico Lunar
Oficina de Tai Chi Chuan
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Terminado a apresentação da Plástico Lunar, sobe ao palco algo que eu não conhecia, a primeira atração internacional do Psicodália, trata-se da banda australiana Jarrah Thompson Band. Numa apresentação, digamos, mais ‘pop’, ou não tão psicodélica e/ou progressiva, Jarrah mandou bem. Uma bela voz e boas músicas. O baixista mandou muito bem juntos aos riffs de guitarra. Uma mulher tocava um pandeiro ou meia lua, além de fazer alguns backings vocais, e eu pensei: ‘Essa menina tá meio que sobrando no palco’. Isso na segunda ou terceira canção. Foi só eu calar a boca que a dita cuja puxou uma flauta transverssa e mostrou pra que veio. Putz, me respondeu a altura. A figura tocava demais! E o show só cresceu com isso. Uma bela apresentação. Com isso, dá pra se dizer que as atrações internacionais começaram muito bem obrigado!
Jarrah Thompson Band
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Apresentação encerrada, mais alguns minutos e foi a vez da banda cobiçada por pessoas que conheço, Terra Celta. Curioso pra ver, de tanto que me falavam dessa banda. No ano passado não pude ver o show pelo fato de ter chegado no segundo dia do festival, sendo que a Terra tocou no primeiro. Mas desta vez, lá estava eu e lá estávamos mos nós. E o show foi um espetáculo! Música de pesquisa, dos povos celtas, bretões, eslavos. Tudo me parecia muito bem fundamentado. Música popular, das ruas, com teor dionisíaco. E o público dançando, pulando, girando em peso. Foi muito divertido. Todos muito molhados de suor. E os caras tocavam demais! Músicos talentosos com seus instrumentos ‘exóticos’, pelo menos para os leigos naquilo como eu. Me senti um camponês pagão na Idade Média, dançando e bebendo, me divertindo livremente, longe dos olhos do rei. Aquilo era uma vila em noite de festa pagã em algum lugar do passado (ou do presente? – Ah, não importa!). Muito bom!
Terra Celta
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Depois de muito pular e dançar com a Terra Celta, subiria ao palco uma das bandas que eu meis esperava, A Bolha. A Bolha tem músicas das quais, eu acho das mais belas do rock nacional. Dois discos que eu adoro: “É proibindo fumar” e “Um passo a frente”. Talvez eu esperasse muito, mas o show da Bolha não me agradou tanto – e não só a mim. Amigos que conhecem e também gostam da banda tiveram a mesma opinião que a minha. Não foi ruim, mas também não foi tão bom como eu esperava. Tocaram músicas que eu não conhecia e não estavam em nem um dos discos que citei acima. E não só por isso, mas as músicas não empolgaram mesmo. A emoção ficou pro final da apresentação quando tocaram ‘A esfera’ e ‘Um passo a frente’. Belíssimas canções que, no fim, valeram muito a pena. Mesmo não sendo um show tão instigante, de certo modo, valeu!
A Bolha
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Fim das apresentações no Palco Psicodália, agora, o Palco dos Guerreiros, para os sobreviventes (e eram muitos!), entrava em ação. E foi a hora do curitibano O Lendário Chucrobillyman, com seu ‘rock primitivo’. Uma espécie de blues tradicional com pegada punk, algo assim. Um pouco de humor e sarcasmo, e uma apresentação divirtidíssima. Chucrobilly manda brasa com seu violão eletrificado, slide e pedais de efeito. Tocando bateria com os pés, o monoband, deu mais uma vez um show de rock-blues. O público dançou, riu, cantou, depravou ao som do Lendário Chucrobillyman. E eu, além de algumas fotos, tragos e estragos, fiz o mesmo. Coisas que só o blues faz com a gente. Chucrobilly tem a alma da coisa. E isso faz toda a diferença. Baita apresentação, simples, mas impossível de não bater o pé no chão. E eu já esperava por isso...
O Lendário Chucrobillyman
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Depois da farra sonoro-musical com o Chucrobilly, fomos comer algo para repor as energias dessa noite tão extrondosa. Curtimos mais um pouco e fomos para a barraca. Daqui pra frente não se diz mais nada. Amanhã teria mais, muito mais. Boa noite pra quem fica!
Continua...
3 comentários:
sempre boas impressões!
ano q vem quero conhecer este paraíso!
ano q vem quero conhecer este paraíso!
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