quarta-feira, novembro 30, 2011

Repolho 20 anos! Viva!

'Querêmo róque.. Querêmo róque!!'

Repolho é a banda mais antiga de Xapecó em atividade depois da Paranóia (das que nunca pararam de tocar e produzir, no caso). Mas isso, nem de longe significa que a banda envelheceu ou que parou no tempo. Muito pelo contrário. A cada aparição sua, Repolho nos brinda com algumas surprezinhas. E eu insisto na tese de que Repolho é a banda mais 'punk' da cidade e do Velho Oeste, gostem ou não! Fazer um sonzinho punk-rock com ares de rebeldia e muito discurso não é difícil. Agora, quero ver ter a ousadia, autenticidade e sarcasmo, mesmo que interiorano, que a Repolho tem. Uma banda de atitude. Cômica, crítica e principalmente, imprevisível. Os irmãos Panarotto levam até o palco um pouco do que eles são com a Repolho (ou imitam muito bem!). Conheço a Repolho também, desde, praticamente seu início e digo, foi uma das minhas referências no meu tempo de 'punk'. Acho que foi a primeira banda da cidade que vi ao vivo e que me chamou a atenção pelo elemento 'escracho'. 'Portanto, sintam-se responsáveis pela minha porcentagem irônica, óquei?!'. Repolho foi comemorar seus vinte anos no auditório do Lang Palace Hotel, pelo projeto Unocultual, que encerra o ano com conquistas de espaços e investimentos em Arte, muito além da sua roupagem alegórica. Auditório grande, praticamente lotado. Passarinho na bateria, Demétrio na guitarra (base e solo... kkk), Roberto nos vocais e Akira (John Filme) no baixo. Uma presença ilustre fez parte desse 'evento' histórico. Trata-se de Paulo de Nadal, o 'Girino', baixista da formação original da Repolho, que veio direto de Curitiba para participar deste aniversário. O show foi muito bom! Músicas velhas e novas. Cheguei a me emocionar ao ouvir a 'Horta da alegria' (primeira demo-tape da banda) sendo tocada inteira. Novamente lembranças de um tempo que não volta mais, mas que deixou boas marcas (e cicatrizes) na minha história pessoal. Grande Repolho! Outra banda que dá mostras de que a produção autoral e independente tem história em Xapecó e no Oeste, e que nos serve de incentivo para que continuemos nessa difícil, porém, alegre empreitada. Esperamos que o projeto Unocultural, que já decolou, continue forte e firme, investindo e potencializando espaços para a boa produção local e também de fora. Esperamos também, pra daqui a pouco, no ano que já começa a se desenhar, que a Repolho se apresente em Xapecó, com suas novas músicas e aquela 'anarquia' sonora e de palco que nos enchem de caos... pois toda a ordem carece de certa dose de caos... tenho dito! & Viva a Repolho!




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