domingo, agosto 07, 2011

Entrevista... 'em breve, nos palcos novamente!'

         * Entrevista para o jornal Sul Brasil (na íntegra) – com a jornalista Petra Sabino.

Por: Herman G. Silvani (Niko)


- Quem são os componentes da banda; nomes (como querem ser chamados na matéria) e funções?

R: Maninho: bateria; Liza: baixo; Niko: guitarra/voz; Eliz: vocal.


- Fale sobre a banda: desde quando existe, formação original, estilo (rock nacional, internacional, pop e etc), planos futuros, o porquê do nome...

R: Epopeia iniciou em meados de 2001, comigo, a Liza e o Jakson (teclados). Logo entrou o João Santin na bateria e a banda estava formada. A proposta inicial era o Rock Progressivo, mas aos poucos fomos absorvendo, experimentando, nos transformando e adquirindo uma voz própria. Ao contrário de algumas bandas que se dizem ‘anti-rótulos’ só pra não se comprometerem com o que realmente estão produzindo, nós nos caracterizamos dentro do que gostamos de chamar de ‘rock psicodélico contemporâneo’ (e isso não significa limitação ou rótulo, é apenas uma espécie de identificação ou identidade, importante como referência). Flertamos também com o Garage Rock e a Soul/Black Music. Mas as referências são muitas e amplas. Pesquisamos, ouvimos muita coisa e experimentamos também. O nome foi dado pela ‘força’ que ele mesmo traz em si. Ou seja, Epopeia é um ‘estilo’ de poesia clássica, geralmente longa e que conta uma História de grandes feitos humanos. Relacionamos isso ao rock, devido a sua própria História, que é grandiosa, que é um feito, uma Epopeia, não só passada, mas atual, que continua, talvez a maior de todos os tempos. É isso. Planos, temos alguns, mas sempre com a consciência do que queremos com a banda. De mais ‘imediato’, pretendemos gravar as músicas novas e fazer um vídeo clip... logo, logo...


- Cite algumas músicas presentes no repertório (cover).

R: Não somos uma banda ‘cover’ pois nunca pretendemos chegar perto das músicas das bandas ‘originais’. Fizemos ‘releituras’ ou ‘versões’ daquilo que gostamos e conseguimos adaptar ao nosso ‘modo’ ou ‘estilo’, levando em conta nossa pegada, timbres e sonoridade. Tem que ter nossa ‘alma’ ali, senão não rola. Mas dá pra citar como ‘releitura’ algo tipo... Os Mutantes, Plástico Lunar, algo de Patrulha do Espaço, The Who, Jafferson Airplane, The Kinks... por enquanto tocamos isso. Por aí...


- Possuem músicas próprias? Quantas? Cite algumas.

R: Possuímos várias músicas próprias, não sei dizer no momento quantas exatamente, mas mais de 15 e menos de 40 é certo. Na verdade, a maioria do nosso repertório é de músicas próprias. Duas delas, volta e meia, tocam nas rádios, que são do nosso CD mais recente. São elas: ‘O que penso de mim’ e ‘Ventiladores’. Mas as novas que ainda não foram gravadas, estão mais coerentes com nossa cara atual. Entre elas posso citar: ‘A vida é agora!’, ‘Estranho delírio’, ‘Olhos vivos’ e a mais recente: ‘Diferente de você’.



- Locais que costumam tocar (região Oeste, etc).

R: Além do nosso estúdio de ensaio (o ‘quarto sonoro-literário’), em algumas casas de shows, bares de rock, algumas feiras, no teatro do SESC... Já tocamos mais distante, como em Curitiba e Porto Alegre, mas no momento é por aqui mesmo...


- Comente sobre as principais dificuldades encontradas no decorrer da história da banda.

R: Dificuldades foram muitas. Falta de grana pra investir na banda, de apoio comercial-empresarial (já que estamos falando de tocar num mundo capitalista, e sob tudo no Brasil), espaço adequado para o rock, tempo, oportunidades, entre outras. Uma dificuldade triste, foi superar a perda do nosso grande amigo e baterista anterior, o Tubin. Até havíamos cogitado em parar com a banda num primeiro momento, mas graças ao próprio Tuba e a sua energia que continua conosco, ao amor pela música, a nossa amizade dentro da banda, aos demais amigos, admiradores e ao Maninho (novo batera), que apostou e assumiu corajosamente as baquetas, prosseguimos. 


- Relembre algumas histórias curiosas vivenciadas pela banda.

R: Histórias curiosas? Tem várias. Mas no momento ta difícil de relembrar. Eu diria que um momento interessante, foi quando fomos escolhidos, selecionados, entre as 17 bandas do Sul do país, via audição, pela banda Cachorro Grande e pela MTV, junto a banda Repolho, a participar de um programa produzido pela própria MTV, sendo uma das duas da região Oeste. Isso gerou uma grande troca de informações e conhecimentos entre as bandas escolhidas, além da diversão, e do destaque, é claro.


- Costumam ensaiar quantas vezes por semana? Onde?

R: Tentamos ensaiar pelo menos uma vez por semana. Às vezes conseguimos duas, mas às vezes também, nenhuma. Ensaiamos no nosso estúdio o ‘quarto sonoro-literário’.


- Esta é a primeira edição da Efapi que a banda participa?

R: Não, não. Enquanto Epopeia, é a nossa terceira ou quarta Efapi, não lembro bem. Mas antes ainda, eu e a Liza já tocávamos na feira com nossa antiga banda, a Tribo Audaz. O Maninho também tocou com sua banda anterior, a The Sulky. Já somos ‘velhos’ conhecidos da feira.


- O que acham da programação de shows nacionais?

R: Tem certeza que quer saber disso? Isso é importante? Então tá... Aquela coisa... Não me surpreende as ‘escolhas’ dos shows externos. Acho que o show mais interessante que já vi numa Efapi, foi o do Titãs alguns anos atrás e o da Ana Cañas na edição anterior. O Rappa também foi legalzinho. Este ano, ‘o nome’ da feira vai ser o Amado Batista (poderia ser o Arnaldo Baptista – Mutantes), mas... É capaz de até irmos curtir o ‘Amadão’. Os demais, deixamos pra quem segue ‘as tendências’, como dizem nas coleções verão-inverno das butiques pela televisão. Temos alguns critérios e motivos pra ouvir e gostar de determinados estilos, um deles é a intensidade, a linguagem artística do show, o que vai muito além do produto e dos modismos midiáticos. Na minha opinião, essa vai ser uma Efapi ‘intelectual’ ou ‘sertaneja universitária’ nos seus shows ditos ‘nacionais’. Somos mais as atrações locais mesmo, mais diversidade pelo menos. Enfim... Cada um tem o ‘espetáculo’ que merece, não é?


- Com a nova ortografia, é Epopéia ou Epopeia?

R: Sem o acento agudo no ‘e’. Na verdade, nunca teve o acento, desde que gravamos o primeiro CDzinho, já usávamos assim, devido a universalidade do termo, que é sem acento. Portanto, independente da reforma ortográfica, é Epopeia.

Um comentário:

Carlos Nasarian disse...

Uma banda posicionada! Com conteúdo artístico! Legal, pois não é só de festa que vive o rock!