segunda-feira, outubro 11, 2010

SWU festival: breves considerações...

The Mars Volta & Rage Againsth the Machine: Rock, Caos e política

No sábado, primeiro dia do Festival SWU - Music + Arts, realizado na Fazenda Maeda, em Itu, interior de São Paulo, tocaram algumas bandas das quais eu e a Liza queríamos muito ver. Já que a grana não deu, assistimos algo pela internet. Los Hermanos, pelo pouco que vimos, fez um belo show, onde o público cantou junto várias canções da banda. Almarante brincou com o público e Camelo parece ter se impressionado com a quantia de gente (em torno de 48 mil cabeças, pelas notícias que li em sites). Até parecia que era mais. Depois vimos a banda que mais queríamos ver, a californiana The Mars Volta. Conheci Mars Volta, justamente, pela televisão quando tocou no Tim Festival, anos atrás, e me apaixonei de cara. Gosto muito de psicodelia, garage e afins, e a banda traz isso no seu som. Algo de jazz, King Crimson, Floyd, Electric Prunes, MC5. Li em blogs, sites e afins, comentários negativos da apresentação do Mars Volta (muitos outros positivos, é claro!). Alguns diziam que havia sido um show chato e ‘estranho’. Mas o que é ser estranho? É claro, para quem não conhece bem a banda ou não gosta de psicodelia ou garageira, as críticas são óbvias. Mas o que eu pude ver pela net foi um baita show! Mais tranqüilo do que os outros que já vi, porém com a mesma intensidade. O Mars Volta é uma dessas bandas que não tem nada de óbvio, previsível e repetitivo. Cada show é um novo acontecimento, o inusitado. Quem esperava uma banda com uma lógica matemática, rifes e refrões melodiosos para cantar junto ou o vocal gritando ‘sai do chão!’, deve ter se frustrado mesmo! A banda veio com um baterista novo (pelo menos para mim), muito bom por sinal (Mars Volta sempre com ótimos bateristas), e a banda menor, sem o outro tecladista ‘negão’ (figuraça! - uma pena!), e sem o saxofonista. A banda iniciou o show quebrando o clima mais ‘comportado’, mandando sua forte energia pelos amplificadores, e o público pulando junto com o psico-garage da banda. Depois terminou o show com uma leveza típica de bandas progressivas como Pink Floyd, com efeitos e divagações sonoras. Omar Rodriguez (guitarrista) e Cedric (vocal), os personagens centrais do Mars Volta, dispensaram as palavras ditas, dando o recado com a música e suas posturas desconcertantes e sua sonoridade dissonante - e com certa elegância visual ‘meio torta’. Muito bom! Como queríamos ter visto isso ao vivo!




O ponto máximo da noite (pelo menos era essa expectativa), o que, de certa forma aconteceu, pelo menos para os maiores fãs, foi a apresentação do Rage Against the Machine. Rage tocou pela primeira vez no Brasil e na América Latina, e mesmo com seus componentes mais velhos, mostrou toda sua potência sonora e de palco. Um showzão! Clássicos da banda fizeram o público pular, gritar e fazer o chão tremer. Zack de la Rocha, o vocal, chegou a mandar uma música para ‘os irmãos do MST’ (palavras suas!). Banda de certa convicção e posição política como sempre foi, Rage é mais do que um mero produto da industria fonográfica por isso! Posições políticas, assim como posturas, se conquistam e se constroem, com propostas artísticas, visuais e sonoras, também! Já sabia que esses dois grandes shows da primeira noite sacudiriam o Brasil! Mars Volta & Rage, que dobrada! Queria ver ainda Cidadão Instigado, Teatro Mágico (que já vi ao vivo), Os Mutantes, Pixies e Queens of the Stone Age. Regina Spektor e  Joss Stone também me interessam. Até verei, mas só pela internet mesmo. Não é a mesma coisa, eu sei. Mas ainda bem que existe a tecnologia para isso, ufa!



* texto: Herman G. Silvani (Niko)

3 comentários:

fabita . disse...

massa, niko! curti a crítica ;)

Anônimo disse...

doidera aquele mars volta! eo rage foi demais! dois showzassos! eu tava láaaaaa!! até agora aquela psicodelia tá batendo na cabeça.

Anônimo disse...

eu ainda tenho alucinações com tudo aquilo q se assucedeu...será q é assim q escreve assuscedeu?...hehe
massa este blog!