terça-feira, abril 12, 2011

A vida é agora!

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Depois da partida do Tubin (que foi musicar em outras paragens), descançamos nossas composições e ações sonoras-artísticas sem o mínimo alarde para uma possível volta da banda aos palcos. Deixamos o tempo passar e as coisas acontecerem, já que o Tuba compunha parte da alma da banda e sua falta jamais seria reparada. Porém, sua presença sonora está e sempre estará conosco, na hora de compor, ensaiar, dentro e fora dos palcos - & a vida é um grande palco! 'Pessoalmente, eu Niko, tentei largar este bendito-maldito rock por mais de uma vez. Mas acontece que ele não me larga!' Foram muitos os apoios e incentivos para que a banda continuasse. Se existia ou existe alguém que torceu para o fim da Epopeia, sinto informar, mas Chronos ainda não se alimentou totalmente de nosso tempo, portanto, terão ainda que nos suportar. Aos amigos, fãs e demais pessoas envolvidas direta ou inderetamente com a banda, agradecemos os muitos apoios e a energia que alimenta a nossa vontade de fazer e ser. Rock, além de uma paixão é uma necessidade. Sempre foi e sempre será, pra nós, mais do que música, uma postura, um meio artístico de manifestação, parte de nós e do nosso comportamento. Portanto, por enquanto só podemos afirmar que novos projetos estão sendo pensados e criados. Novas possibilidades e elementos surgiram, e isso faz que nosso 'trabalho' continue e/ou retorne com toda nossa energia, renovada e reconstituída. Temos voz por isso cantamos! Nisso, temos certa urgência, pois "A vida é agora!" 

Em breve, novidades...

A EPOPEIA CONTINUA!


Os estereotipados e o vazio

Muito do mundo hoje carece de certo caráter, postura, posição. É preciso assumir-se para tal. Ouvindo e vendo algumas novas bandas de rock pela internet, em apresentações e entrevistas, percebo uma fuga. Uma fuga covarde. Como o diabo que foge da cruz, alguns ‘roqueiros’ utilizam-se de um discurso decorado para legitimar e confortar suas faltas, suas ‘imaturidades’ intelectuais, seus rasos conhecimentos, e dar um valor (maior do que realmente é) aos seus ‘trabalhos’ de ‘artista’. Meus amigos, não precisa dizer que é rock. Pra que? Só pra não dizer que não é nada? Pego a contradição no pulo. ‘Somos rock, mas não nos enquadramos em rótulos, pois rótulos são limites, e nós estamos além dos limites’. Além? Com esse som aí? Conta outra! Geralmente são esses ‘limites’ que dão voz, característica ou estilo a uma banda. Achar-se ‘ilimitado’ é um limite. Hoje, mais do que nunca, talvez, anda faltando aquilo que se chama de proposta, estilo, personalidade de uma banda ou artista. Tudo está se transformando em imagem. E a arte em si? A música com seus sons, timbres e sua ‘comunicação’, seu motivo? A música tem uma linguagem e não precisa de rótulo, certo! Mas identificação, identidade e rótulo não é a mesma coisa. Rótulo é aquilo que está na superfície, ok? Não confundam as coisas assim tão sem pensar. O que diferencia o sertanejo universitário do rock? Ou tudo entra no mesmo pacote do ‘bom mocismo’? Tudo tem seu contexto. Vamos botar conhecimento nestas cabecinhas. Pesquisar, ler, estudar, refletir e ouvir torna tudo mais claro. Sair do discurso pronto, fugir sim do clichê e do estereótipo. Leia-se aqui que estereótipo também não é o mesmo que estilo, elegância ou postura. Até a estética tem uma ‘localização’. Ninguém inventa nada assim tão fácil ou do nada. Tudo vem de algum lugar anterior. Portanto, ter identificação sonora, artística, estética, musical, não é rotular-se, nem limitar-se. Geralmente os nomes que se dão as coisas servem para sua localização, e se é rótulo ou não, é a prática quem vai dizer. Muitas bandas que fogem das identificações não têm proposta nenhuma, por isso dão passos no vazio, tentando através do discurso, livrar-se da sua falta de criatividade e consistência. E sua postura, é identidade ou estereótipo? Primeiro assumir-se, depois posicionar-se exteriormente.


Herman ou Niko