segunda-feira, dezembro 24, 2012

Epopeia lança ComPacto!


Capa




Contra-Capa



Gravado 'ao vivo' no estúdio Gruta do Monge - novembro 2012.

Produtor master: Emílio S. Guerreiro 
Mixagem e Produção: Emílio S. Guerreiro e Herman G. Silvani


1º lançamento do disco no Psicodália 2013.



Ouça e/ou baixe o novo compacto da Epopeia:



sábado, dezembro 15, 2012

Entrevero Acampa-Rock 2012



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
O evento

Estava na sede do sindicato (dos professores) quando recebi a ligação da Michele: “Ei Niko, vamos juntar as bandas e fazer um evento pelo Entrevero pra encerrar o ano?”. Confesso que num primeiro momento não me animei muito. Reta final das aulas, trabalhos finais para encerrar o ano no sindicato, conclusão da minha especialização, etc. Tudo acomulado. Mas a empolgação da Michele me contaminou. Então, não teve jeito. Depois de alguns minutos de papo: “Tá, vamos nessa!”. Pronto. O evento saiu. Alguns (meia dúzia), os menos desavisados - ou por intenções veladas (nem tão veladas assim) – querem fazer parecer, em suas manifestações públicas, que o Entrevero é um grupo fechado, uma organização ‘mafiosa’, uma ceita, ou uma organização com fins lucrativos. Mas não é nada disso. Antes ganhássemos grana com o coletivo! Ish! A coisa seria bem diferente... Mas, infelizmente, não. Porém, não é por isso que vamos desistir de querer fazer o que gostamos, não é? O mundo ainda não é totalmente dominado pelo dinheiro ou por interesses privados, e nem sei se um dia vai ser. Mas enfim, o evento aconteceu e, mais uma vez, dentro das possibilidades e limites, foi um sucesso. Só quero constar aqui, o empenho do casal Michele e Régis, que não ganham absolutamente NADA para fazer os eventos do Entrevero, assim como nós enquanto ‘produtores’, e agradecê-los pelo interesse e disponibilidade em ‘fazer’. Sinceramente, se não fossem eles, não sei se nós faríamos. Outro motor dos eventos do Entrevero, são as próprias bandas que se dispõem a tocar e fazer o negócio acontecer. É isso. Simples assim mesmo! Mandamos email ou via rede social, convidando TODAS as bandas que temos contato e que produzem suas próprias composições. Depois fizemos duas ou três encontros (reuniões), e no grupo, dialógicamente, definimos como seria. Algumas aderiram, outras não. Tranquilo, ‘normal’. E o evento aconteceu. Então, graças também as bandas envolvidas. Valeu!!!

Obs.: O Entrevero não é nada mais do que a reunião de bandas afins, que querem e se disponibilizam, num ato de troca, interação e/ou integração, fazer, volta e meia, algum evento independente, para além das quatro paredes dos bares e/ou casas de shows. Mas também não se encerra nisso. Os espaços são variados e os eventos podem ser adaptáveis. Então, ao contrário do que alguns possam pensar, não temos a intenção com isso, de concorrer com os bares e as casas, apenas, fazer algo ‘diferente’, em espaços escolhidos pelas próprias bandas. Na verdade, foi a insistência do público para um lugar de acampamento, que nos motivou a fazer o Entrevero na Estância das Águas.

 
O público

Até o final da tarde, já contabilizavamos aproximadamente 200 pessoas acampadas. O que nos leva a crer que a maioria do público que se fez presente acampou, diferente do que aconteceu no Grito Rock, onde tivemos aproximadamente 700 pessoas participando e poucos acampados. Desta vez, atingimos, mais ou menos metade desse público, porém, não gastamos nem divulgamos a medade do que foi com o Grito. A intenção era essa mesmo, chegar a aproximadamente um público de no mínimo 200 pessoas. E pelos cálculos, foram 100 acima disso, no mínimo. Então, outra vez, atingida e superada a expectativa.

O que mais me chamou a atenção e me deixou esperançoso, foi ver a quantia de público novo, jovem, adolescente, nesse evento. Assim como foi no Grito, mas, desta vez, ainda mais. A nova leva de admiradores de rock e afins, está tomando os espaços. Claro, isso não é novidade, sempre foi assim. Porém, como eu pude perceber desta vez, fazia tempo que não acontecia, pelo menos da forma como foi. Ponto positivo, pois, as gerações vão se fundindo e a coisa vai acontecendo, continuando. Nesses momentos é que o rock se mostra para além de um ‘gênero musical’ ou de um mero produto da indústria cultural e/ou do entretenimento. Pode até ser clichê, mas ‘rock também é cultura’, comportamento, postura, visão de mundo. Enfim...


As bandas



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
A maioria das bandas que tocaram nesse entrevero, foram também bandas mais novas. Nós fomos a 2ª banda mais velha das que se apresentaram (tivemos a ilustre presença da banda Paranóia – já clássica do rock autoral xapecoense). E isso foi foda! (no bom sentido). Compartilhar o palco com a gurizada que está de pilha nova, é massa! E porque estámos nessa? Porque sempre trocamos as pilhas (hehe!), então, também sempre estamos de pilhas novas. E ver e sentir a galera curtindo a banda, putz!, só nos alimenta mais a alma e a vontade de fazer e prosseguir. Agora vou fazer como quando produzia fanzines e comentava sobre bandas e shows, em breves comentários sobre o que pude ver e sentir durante o evento, portanto, minhas impressões...

A primeira banda a subir no palco foi a mais nova (tanto de tempo de banda quanto na idade de seus integrantes). Tendo o amigo Nando (grande batera, também da banda John Filme), na bateria, a gurizada ‘medonha’, de aproximadamente 14 anos de idade, não dorme em serviço. Trata-se da banda Hairy Stone. Medonha pelo simples fato de, em tão pouca idade, destruírem. Um trio cheio de energia, que mandou músicas próprias cheias de belos e fortes riffes de guitarra, peso na bateria e baixo. Uma porrada! Quem esteve cedo no local, pôde ver e confirmar o que estou dizendo. E o Entrevero iniciou muito bem, obrigado! Para minha surpreza, o guitarrista e vocal é filho de uma amiga de infância e pré-adolescência minha, dos meus tempos de CTG (e o guri detona na guita, diga-se de passagem).

A segunda banda foi a já ‘clássica’ do rock autoral xapecoense, Paranóia. Bays e trupe mandaram seu rock pesado para o povo. O Rafa Panegalli, mesmo com o pé detonado tocou bateria e fez o dever de casa. Ducaralho a apresentação da Paranóia. Fazia um tempo que eu não via. O Bays vai morrer roqueiro – graças a Dionísio! Clássicos da banda foram executados com toda a propriedade que só uma banda de tanta estrada pode fazer. Paranóia ‘representa’ muito bem uma época, que começou já faz um bom tempo, mas que, ainda não terminou. Nisso, existe uma continuidade interessante. Dá-lhe Paranóia!

Depois foi a vez dos amigos da St. Joker mandarem brasa. Também tenho uma amizade de infância, familiar (e também dos tempos de CTG) com o Fabinho, vocal da banda. Bela performance da St. Joker, como sempre! O batera manda bem, assim como o guita Marko que usa muito bem os efeitos de guitarra, coisa pela qual sou apaixonado (não é por nada que experimento e estudo efeitos e timbres, além de usá-los muito). Como um todo, a banda é boa e faz bem feito, e suas músicas são muito boas e cheias de energia. Apresentação pesada e empolgante. Outra porrada da noite!

  • Um aluno meu foi com a mãe ver a banda em questão, pois também é primo do Marko (guita), e para ver a Epopeia, mas, devido ao atrazo no início do evento, acabamos ficando para o final e ele não pode ficar, que pena! Estava tão empolgado! Mas... daqui uns dias ele atinge mais idade e quem sabe possa ficar até mais tarde. Legal ver mães e filhos curtindo rock juntos, ainda mais um aluno. Volta e meia alguns alunos/as aparecem nas nossas apresentações e/ou eventos. São as gerações que vão se construindo através dos contatos... 

Na sequência foi a vez da banda Duranggos. O Rafa, mesmo com a perna estourada e depois de já ter tocado batera na Paranóia, largou as muletas, sentou numa cadeira, pegou o baixo, abriu a voz e mandou brasa. Belas composições e covers coerentes com a proposta da musical da banda. A apresentação da Duranggos também deixou boas impressões e dignificou o evento. Outra grande e nova banda xapecoense a marcar presença e dar sequência a uma noite tomada de boas apresentações.

Passados alguns minutos sem banda, foi a vez da John Filme subir ao palco. E o que falar da apresentação desse trio? Nando destruindo na bateria, Akira na guitarra (um dos guitarristas que mais curto na cidade atualmente) e Emanuel (Gringo) no baixo (simplesmente um argentino – hehe!). Trio envocado, no sentido sonoro da palavra. Akira diz que eu sou radical. Eu concordo. Sou mesmo! Mas devolvo o ‘elogio’ dizendo o mesmo dele, pra ele. Um dia ele me perguntou ‘porque’, e eu respondi: “Já viu o modo que você toca guitarra?”. Pra mim, uma das bandas mais interessantes do rock xapecoense hoje, e, instrumental, diga-se de passagem. A apresentação da John Filme neste evento, foi simplesmente desconcertante! Tocaram apenas uma ‘música’. É isso, uma ‘música’ que nem sei se era apenas música. Uma experiência. Algo em torno de 20 minutos. E pra quem acha que só a Epopeia faz loucuras, experimentos ou psicodelias com efeitos, improvisos, timbres, precisa parar para ver/ouvir isso na John Filme também. Foi uma apresentação diferente, inusitada, psicodélica (na amplitude do conceito). Nando sai da batera e sem parar a música passa as baquetas para o Akira que passa a guitarra para o Nando, e o ‘Gringo’ sustentando toda a ‘loucura’ no baixo. E a música acontece... Porrada novamente!

Terminada a belíssima apresentação da John Filme, mesmo cansados de uma tarde toda de trabalho e muito calor, foi a nossa vez, a vez da Epopeia. Penúltima banda da noite. John Filme acabou criando um clima muito ‘perigoso’, porém, confortável pra nós, no sentido de gerar uma sonoridade que encheu o lugar de divagações e sons ‘delirantes’. Esse clima casou com a nossa vibe, nossa sonoridade. De início tivemos problemas com equipamento (mal contato, essas coisas chatas), mas nada que interrompesse nossa onda. Alguém sussurrou perto de mim: “Bah, vai ser foda pra outra banda tocar depois disso!” (referindo-se a apresentação espirituosa da John Filme). Quando outra voz interrompeu: “Ah, mas vai ser a Epopeia! Tem tudo haver...”. Dito e feito, fizemos o que sabemos e sentimos em aproximadamente 40 minutos. Mais uma vez o público desceu do acampamento e encheu a frente do palco. Foi bom sentir novamente a vibração, os aplausos, a admiração das pessoas. Depois da apresentação, muitos vieram nos falar e saudar, e isso nos abasteceu de energia. Tanto é que amanhecemos curtindo o nascer do sol num bate papo alegre e espirituoso junto a natureza.

Pra encerrar a noite, tivemos a apresentação da banda Black Was Bourne, cover de Ozzy e Black Sabbath. Não sou a pessoa indicada para falar de bandas covers – mas que fique claro, não tenho nada contra, porém, tabém não tenho muito o que dizer, só isso. Mas pelo que pude ver, a apresentação foi boa, e o público curtiu, cantando junto os ‘clássicos’ do Ozzy e do Sabbath.  A princípio, a proposta do Entrevero enquanto coletivo, é o vínculo de bandas que compõem suas próprias canções, pelo menos enquanto prioridade. Então, foi convidada a banda Mr. Magoo. A maioria da banda Black Was Bourne é do pessoal da Mr. Magoo, e como essa não pôde participar, o Zebu pediu para tocar com a banda cover, que, dentro de um bom senso, se ofereceu para encerrar o evento, o que não interferiu na questão das bandas autorais. Discutimos internamente e não vimos problemas nisso, já que também foram colaboradores, ajudando a conseguir um som acessível para o evento. Além disso, isso serviu para ‘calar’ um pouco a boca daqueles que falam sem saber, que “o entrevero é ‘contra’ bandas covers” e/ou outros estilos, uma panelinha, e blá-blá-blá, aquele velho papo de quem só se move por interesse próprio/pessoal. Fazem a crítica pela crítica, pois,  quando no fundo, vivem sonhando num pretenso sucesso idealizado (rock star) e tal. Não se trata disso. Mas agora não cabe aqui problematizar isso, que cai mais num âmbito de ciúme, inveja e/ou mesquinharia por parte daqueles que assim se manifestam publicamente, dizendo que o Entrevero é isso ou aquilo, sendo que, ele só existe quando acontece, ou seja, quando as bandas envolvidas querem e fazem. Enfim...
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
No geral, o evento aconteceu, atingiu e superou, mais uma vez, nossas espectativas e pretenções, que não eram muitas (e não são). Nisso, agradecemos TODOS os, direta ou indiretamente, envolvidos: bandas, público local (e de fora), apoiadores, incentivadores: Estância das Águas, radio rock alternativo (Leandro Rosseto), Delay (site)... Em especial a Michele e o Regis, que mesmo tendo banda, geralmente nem tocam nos eventos do Entrevero, mas mesmo assim os fazem, e sem remuneração, pela vontade de movimentar, comprovando que nem tudo nesse mundo das produções culturais e ‘artes’ é vaidade, ego e individualismo... En-fim!

& pro ano que vem, já pensamos no Grito Rock edição Velho Oeste 2013...

Let’s rock!

 
Herman ou Niko.


terça-feira, dezembro 04, 2012

Entrevero Acampa-rock





(pré-Grito Rock)

Com as bandas:

Hairy Stone
Paranoia
St Joker
Duranggos
Epopeia
John Filme
Black Was Bourne


08/12
Estância das Águas


Ingressos antecipados com as bandas e nos pontos de venda:
* Bar da Dulce 
*Rockixe Skate Rockshop Chapecó: R$ 10.

Camping: R$ 10. no local
Portões abertos a partir das 15h. 

Realização: ‘Coletivo Entrevero'

Parcerias: 




Obs.: Crianças poderão entrar desde que acompanhados pelos pais e/ou com maiores responsáveis (sob autorização).